Sinopse
O Canto do Cisne, coreografia de Clara Andermatt, foi uma das últimas peças dançadas pelo Ballet Gulbenkian antes da sua extinção. Desafiada pela CNB, a coreógrafa revisita a peça juntamente com a equipa artística original.
A partir do tema lançado na altura, “O fascínio dos mundos distantes”, Clara Andermatt procura o desconhecido pela via do mistério e da surpresa em direção ao que provavelmente de mais enigmático existe em tudo o que desconhecemos: a morte. Formalmente a coreógrafa escolhe como ponto de partida A Morte do Cisne, de Camille Saint-Saens, pedindo a Vítor Rua que crie variações sobre o tema original. Andermatt aborda a morte não como o final do que quer que seja, mas como princípio do futuro que ela contém, mergulhando na metamorfose e no seu poder transformador. É esse momento que a coreógrafa identifica como o canto do cisne. O presente acaba por se revelar como uma contínua constatação de que é passado e é simultaneamente futuro, porque tudo se encontra em incessante mutação. Uma ideia que Clara Andermatt enfatiza citando Peggy Phelan: “Quando pensas que encontraste a forma de amar, de observar ou de lembrar alguém, já tudo mudou.”
Ficha Técnica
Clara Andermatt | Coreografia e direção |
Amélia Bentes | Consultoria Artística |
Barbara Griggi | Assistente da coreógrafa |
Vitor Rua | Música |
Manuel Abrantes | Desenho de luz (a partir do desenho de luz original de Rui Horta) |
Aleksandar Protic | Figurinos |
Tom Colin | Ensaiador |
Companhia Nacional de Bailado | Produção |
Jonas & Lander, Mark Haim, Centro de Artes de Marvila | Agradecimentos |
Elencos
Almudena Maldonado, Anyah Siddal, Inês Ferrer, Leonor de Jesus, Patrícia Main, Tatiana Grenkova, Dylan Waddell, Francisco Couto, Francisco Sebastião, Gonçalo Andrade, João Costa, Miguel Ramalho, Miguel Esteves, Tiago Amaral. | Interpretação |